sábado, 11 de janeiro de 2014

BIG DATA, O FIM DE UMA TEORIA


Em 2008, o físico e editor da revista Wired, Chris Anderson, escreveu que a era Big Data representaria o fim da teoria, já que não era preciso especular sobre o melhor modelo, pois bastaria aplicar um algoritmo sobre os dados empíricos. Os críticos do Big Data não discordam disso, mas dizem que o uso dessa estatística turbinada pode levar a conclusões erradas.

Soma-se a isso o fato de as ferramentas de Big Data ainda não serem suficientemente boas. Karin Breitman, da PUC, observou que há carência de recursos semânticos eficazes, que compreendam o contexto e a mensagem dos dados na medida das necessidades.

Apesar dos desafios, a expectativa sobre o Big Data é enorme. A revista Economist escreveu que ele pode transformar os modelos de negócio de empresas centenárias. A RollsRoyce, sugeriu a publicação, pode deixar de vender turbinas para alugá-las cobrando de acordo com o uso. Sensores e o histórico do cliente dariam o preço.

A medicina também pode dar um salto. Com soluções de Big Data, decifrar o genoma humano dura apenas semanas, em vez da década que custava no passado. A colocação de sensores no corpo, que já está em curso em centros de pesquisa e algumas start-ups, vai presentear o mundo com uma variedade totalmente nova de dados que pode ser explorada com Big data para identificar problemas de saúde.

Patrícia Florissi, da EMC, diz que ainda é incipiente o uso da presciência da tecnologia. Por exemplo: como são capazes de entender imagens, softwares de Big Data poderiam monitorar as câmeras de uma cidade e acionar a polícia antes de um crime acontecer com base em padrões que antecedem assaltos e assassinatos. Sairíamos de “Moneyball” para cair em “Minority Report” – com os prós e contras disso.

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