terça-feira, 7 de janeiro de 2014

BIG DATA SE TORNA UM GRANDE ALIADO NA SAÚDE

Ainda atrasadas no emprego de tecnologias de análise de dados, as instituições de saúde começam a se render ao uso dessas ferramentas para apoio a gestão e aos negócios. De acordo com pesquisa da IDC, essas organizações — hospitais, centros médicos, operadoras de planos de saúde, clínicas e laboratórios de medicina diagnóstica, entre outras — cada vez mais estão aderindo às plataformas analíticas para gerenciar desde custos operacionais, dados clínicos, de exames (muitos em laudos em texto), de tratamento, de medicamentos até sinistros de seguros.
Mas o Big Data pode vir a ser uma ferramenta importante e uma aliada de peso para os profissionais da área da saúde. Com sua capacidade de analisar grandes quantidades de dados de pacientes e a partir destas informações tomar decisões e traçar um plano de ação para a melhora de saúde dos pacientes e em contra partida, reduzir os custos de atendimento. A IBM tem investido neste segmento e incentivado muitas startups a desenvolver soluções nesta área. Na Conferência Health 2.0 2013, que ocorreu de 29 a 02 de Outubro em San Francisco, aplicações usando BIG DATA estiveram presentes todos os dias e trouxeram reflexões interessantes. Imagine, que você consiga ver espacialmente todos os pacientes de uma população e posteriormente consiga visualizar somente os pacientes de alto risco.  A partir deste mapa, você passa a identificar onde está localizada espacialmente a população de risco e pode identifcar padrões que auxiliem a tomada de decisão, como a informação que pacientes de alto risco cardiovascular se localizam predominantemente num bairro da cidade de São Paulo e que esta população tem um custo de saúde quatro vezes maior que a média deste grupo. Isto pode levar à seguradora a instalar um programa de gestão de saúde focando especialmente nesta população, que se localiza nesta geografia, podendo modificar sua mensagem ou suas ações para atingir especificamente estes pacientes. 
Uma aplicação interessante mostrada pela IBM é a capacidade de um software auxiliar no diagnóstico de doenças, baseado na maior probabilidade para cada condição, de acordo com os dados clínicos disponíveis no sistema de prontuário eletrônico.  Este sistema nasceu da tecnologia criada para o Sistema de Inteligência Artificial Watson, que venceu o jogoJeopardy e está sendo usado em caráter experimental em diversos hospitais nos Estados Unidos e seu objetivo não é substituir o médico, mas ser um aliado importante no processo de diagnóstico em ambientes críticos.
Outro interessante exemplo, é cruzar dados do seu smartphone, que podem informar à um aplicativo, o quanto você tem se movimentado, qual a distância que você tem percorrido todos os dias, se você tem interagido muito ou pouco com seu smartphone , a fim de determinar se você está com um comportamento atípico para o seu padrão e se isto pode indicar um momento para uma enfermeira ou outro profissional de saúde entrar em contato com você,  a fim de checar se você está precisando de ajuda adicional. Esta solução pode parecer desnecessária, mas para pacientes idosos que moram sozinhos, ter informações capazes de detectar alterações súbitas em seu comportamento, que podem indicar depressão ou a descompensação de alguma doença crônica é extremamente importante.
Tirando proveito da tecnologia, venho trabalhando em um projeto que possibilita a monitoração de pacientes cardíacos. Todos os dados relevantes do paciente são monitorados em modo 24x7, onde os dados referentes a Pressão Arterial, Ritmo Cardíaco, Temperatura, etc..Todos estes dados são transmitidos para Smartphone que armazena e envia para um banco de dados em Cloud. Uma aplicação efetua uma média ponderada destes dados e caso uma delas mostre-se alterada, imediatamente é enviada para uma equipe de médicos previamente credenciada pelo paciente para analise. Caso o paciente sofra alguma anomalia severa na média indicando um evento, o próprio Smartphone envia uma mensagem de alerta para a equipe médica com a localização exata do paciente. 
No Canadá, já existe uma pesquisa em estágio muito avançado onde uma camiseta feita com materiais especiais, monitora todos os sinais vitais da pessoa, enviando estes dados diretamente para um sistema em Cloud onde serão analisados.

Em pouco tempo seremos analisados em real time, scaneados pelo nossos espelho do banheiro quando acordarmos, a escova de destes fará um trabalho além da escovação, fará também uma análise clinica e muito mais. Bem vindos a era do Big Data. 
  

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