Todas as empresas já enfrentam o problema dos dados de alguma forma, mas a tecnologia ainda é aplicada por aqui de forma pouco madura, muito restrita aos dados estruturados, tradicionais – observou Maurício Prado, gerente geral de servidores da Microsoft Brasil. – Mas a expectativa de crescimento é enorme. Temos um dos principais mercados de internet no mundo, sobretudo de redes sociais, o que é um fator crucial para a adesão do conceito de Big Data.
– A gente só sabe que o pré-sal existe por causa da Big Data e da economia da nuvem – resumiu Patrícia Florissi, executiva de tecnologia da EMC para a região das Américas.
Isso porque, explica ela, a tecnologia agiliza o processamento de dados sísmicos captados pelas sondas que procuram petróleo no fundo do mar. Como são milhões as variáveis, o trabalho exige intermináveis simulações de imagens, e só o Big Data é capaz de dar conta do trabalho em um tempo razoável.
Visando esse mercado, a gigante EMC está construindo no Parque Tecnológico do Fundão um centro de pesquisas totalmente dedicado ao uso de Big Data para a indústria do petróleo. Ele ficará pronto em no máximo dois anos e empregará 35 pesquisadores, sendo apenas um deles estrangeiro, conta a executiva. O centro vai realizar trabalhos que estejam alinhados com as áreas de atuação da própria EMC, da Petrobras e da UFRJ. Segundo Patrícia, a companhia de Massachusetts vai investir R$ 100 milhões no país nos próximos quatro anos.
Há também iniciativas brasileiras de Big Data na seara dos dados governamentais, aceleradas pela proximidade da Lei de Acesso à Informação, que entra em vigor em maio. Uma parceria do Ministério do Planejamento, do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e da PUC-Rio disponibilizou na internet dados abertos dos dois mandados do governo Lula.
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